O uso de água salina no preparo de soluções nutritivas pode provocar estresse salino nas plantas, afetando o crescimento. Com isso, deve-se adotar estratégias na aplicação de nutrientes que reduzam o estresse salino. Para avaliar o manejo da fertirrigação com diferentes razões K:Ca como estratégia para reduzir o efeito deletério da salinidade sobre o crescimento do meloeiro gália cultivado em fibra de coco, foi desenvolvida essa pesquisa. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na UFERSA. O delineamento utilizado foi em blocos aleatorizados, com seis tratamentos e quatro repetições, sendo cada unidade experimental representada por dois vasos com capacidade de 12 litros, contendo uma planta cada. Os tratamentos foram compostos por seis soluções nutritivas: S1 - solução nutritiva padrão (SNP); S2 - SNP + NaCl (5,0 dS m-1); S3 - S2 enriquecida com K (50%); S4 - S2 enriquecida com K (100%); S5 - S2 enriquecida com Ca (50%); S6 - S2 enriquecida com Ca (100%), de forma a obter as seguintes razões K/Ca: 1,5:1; 1,5:1; 2,2:1; 3:1; 1:1 e 1:1,4 nas soluções S1, S2, S3, S4, S5 e S6, respectivamente. As plantas foram conduzidas na vertical, utilizando um sistema de tutoramento composto por mourões de madeira e fios de arame. Foram realizadas cinco fertirrigações diárias, através de sistemas de gotejamento. Durante o experimento foram realizadas análise de crescimento, a partir de seis avaliações em intervalos semanais, de forma não destrutiva a partir de medidas na altura das plantas, diâmetro do caule, número de folhas e área foliar. Ao final do experimento avaliou-se o acúmulo de massa seca de caule, massa seca de folhas, massa seca de fruto e massa seca da parte aérea. A análise dos dados revelou que todas as variáveis foram afetadas pelos tratamentos aplicados. O número de folhas não diferiu significativamente entre as soluções nutritivas nas duas primeiras avaliações, ocorrendo resposta significativa nas demais avaliações. Verificou-se que ocorreu maior diferenciação entre a solução nutritiva padrão e as demais, com maior área foliar nas plantas cultivadas sem estresse salino. Esta diferença ocorreu porque o efeito da salinidade foi mais evidente sobre o tamanho das folhas do que sobre a emissão foliar. Para as variáveis altura de plantas e diâmetro de caule, verificou-se comportamento semelhante ao observado para o número de folha, em que ocorreu diferenças significativas entre as soluções nutritivas a partir da terceira avaliação das plantas. O acúmulo de biomassa foi mais afetado significativamente pela salinidade (S2), de forma que as plantas fertirrigadas com a solução salinizada S2 apresentaram reduções 20,5; 41,5; 64,8 e 53,1% para as variáveis massa seca de caule, massa seca de folhas, massa seca de frutos e massa seca da parte aérea, respectivamente. A adição extra de potássio ou cálcio na solução nutritiva salinizada não inibiu o efeito deletério do estresse salino sobre o crescimento das plantas. A solução nutritiva padrão proporcionou maior crescimento das plantas. O uso de água salina reduziu o crescimento do meloeiro.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas